a Igreja da grande cidade deve se fazer ativamente nos problemas existenciais do ser humano do século XXI. A Igreja, sacramento de salvação de Deus entre as pessoas tem dentro de si uma extraordinária carga de santidade e de solidariedade, que toma forma de um dique contra as ondas do materialismo e dissolução das pessoas que arrastam as sociedades Urbanas. As Igrejas da grande cidade devem ser "portas da salvação" da humanidade que ali vive, lugares desejados e desejáveis, que suscitem a elevação dos espíritos e o reencontro do próprio coração.
A grande cidade produz feridas psicológicas e morais, mas também espirituais, que devem ser curadas mediante a graça de Deus e a relação pessoal, favoráveis por uma acolhida atenta, simples e dialogal. O Papa Francisco escreve que "precisamos espaços de oração e comunhão com características inovadoras para as populações!" De fato, a cidade pode ser uma experiência de Comunhão que contribua para a ordem da Criação, e neste sentido a Igreja é geradora de Comunhão com suas comunidades e realidades com suas especificidades (características e desafios próprios).
A Igreja deve também, segundo o Documento de Aparecida nº 58, manter na cidade "uma presença, que saiba levantar a voz sobre questões de valores e princípios do Reino de Deus, mesmo se contradiz todas as opiniões". Também que é preciso "uma presença maior nos centros de decisão da cidade". A sua responsabilidade, o fato de ser princípio de coesão da humanidade, e sua vocação como ponto de diálogo levam a comportar-se com uma elevada moralidade, que o torne socialmente credível. Portanto, os serviços, pastorais e movimentos devem ter bem claro em suas ações evangelizadoras a que representam e quem é o verdadeiro Mestre e Orientador, quando abrimos nosso lábios para ensinar e refletir em nossos encontros, cursos, retiros, reuniões e festas de confraternização.
Pe. Darley José Kummer
Vigário do Vicariato de Canoas
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