Inspirada no exemplo da Igreja da Alemanha, que realiza duas campanhas anuais, a Igreja no Brasil criou a Campanha para a Evangelização no tempo do Advento, após ser aprovada pela 35ª Assembleia Geral da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1997. Na assembleia seguinte, a 36ª, a ideia saiu do papel e foi realizada pela primeira vez no Advento de 1998.
Um de seus criadores, Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), à época presidente da Cáritas Brasileira, lembra que na assembleia dos bispo de 1999, após ser avaliada, a nova campanha se consolidou. Ele ressalta que a iniciativa só teve sucesso porque foi bem motivada. Desde então, vários temas foram aprofundados, buscando reforçar traços da solidariedade e Jesus Cristo, como o de 2008, "Acolhamos o príncipe da Paz" e "Ele veio curar nossos males", em 2011.
Segundo o bispo que integra a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora, havia a necessidade evidente de manter as atividades pastorais das dioceses e da CNBB com seus regionais, valorizando melhor o tempo do Advento. Avaliou-se, à época, os recursos arrecadados com a coleta da Companha da Fraternidade deveriam ser usados apenas para destinação social, apoiando iniciativas ligadas aos temas das campanhas de cada ano. "Com a nova campanha se esperava conseguir mais recursos para manutenção das estruturas pastorais e se preservaria os recursos das Campanhas da Fraternidade para a sua destinação verdadeira", disse Dom Demétrio.
A criação da Campanha para a Evangelização partiu da necessidade de dar maior testemunho de solidariedade social na Igreja no Brasil e caminhar para uma progressiva sustentação econômica da CNBB e das dioceses, diminuindo gradativamente sua dependência de apoios externos, conta o bispo. "Havia também uma clara motivação de ordem missionária, com o desafio de assumir a evangelização da Amazônia e também das periferias das grandes cidades", disse.
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