Vigário Episcopal do Vicariato de Canoas
Queridos amigos (as) de Deus!
Neste segundo semestre, tem ressoado a seguinte expressão: ”Buscai primeiro o Reino de Deus, e tudo mais vos será acrescentado” (Mt 6,33). Nos últimos meses percebemos que perguntar as pessoas: ”Tudo bem?” Era perceptível que estavam um tanto insatisfeitos, não conseguiam seus resultados e enfim, buscavam novidade, mudança, talvez. Os encontros de formação começavam com um determinado número e terminavam com outro. Percebe-se a falta de perseverança, cansaço e desânimo para embrenharem-se no cuidado com a nossa Casa Comum. Ainda bem que um bom grupo é firme, decidido e tem se esforçado por Jesus Cristo. Percebi que “A messe é grande, mas os operários do dia-a-dia são poucos” (Mt 9,37); e “A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). Todos sabemos pelos momentos de encontro, formação e espiritualidade que precisamos seguir em frente, com Deus, não dá para desistir, nada de olhar para trás, precisamos estender as mãos e nos ajudarmos com amor e simplicidade, deixar o orgulho de lado e avançar. Contudo muitos desafios precisam ser superados: o ativismo, o fechamento paroquial, a falta de doação e cuidado existencial, a divinização de coordenações, a indiferença, a impaciência e a falta de tempo para conviver e estudar juntos. Só palestras e pouca vivência e pesquisa para conhecer; falta de testemunho; o impressionismo aparente; a falta de comunhão nos projetar. Enfim, precisamos superar “só o fazer” e sermos mais autênticos.
Somos despertados para o quê? Iniciados a buscar e conhecer a quem? Se de fato, existe discernimento, ousamos sermos um sinal de graça de Deus que atua em todos nós, como pertença eclesial e comunitária e não comunitarismo, fazendo o que bem entendemos, sem comunhão e cuidado pastoral. Sabemos, sim, que estamos todos caminhando ao encontro do Reino definitivo, mas é preciso ‘Caminhar Junto’ sem desconsiderar a história e a comunhão vivida como Igreja Local, organizada e representada pelas Comissões e Conselhos em suas decisões ou consultas. Incentivamos os Irmãos leigos e leigas a acreditarem na própria vocação como sujeitos de uma missão específica. A sociedade humana em construção e a Igreja em missão contam com cristãos convictos da própria responsabilidade, dispostos a acolher os desafios, alegres em abrir caminhos novos na construção do Reino do Senhor Jesus.
Cremos que sem a “Pequena Via”, como dizia Santa Teresa de Lisieux, não vamos cultivar nas relações da vida em comunidade a santidade, que até mesmo nas tarefas mundanas, se forem feitas com amor a Deus, são agradáveis a Ele e nos ajudarão a crescer e amadurecermos na santidade. A “Pequena Via” era a profunda simplicidade que ela pedia aos católicos de todo o mundo que tivessem. Ninguém tem a santidade de Deus, mas existe outros tipos de santidade, que é a dedicação total a Deus. Essa é a santidade que todo crente deve procurar e viver intensamente na dinâmica da vida (1Pd 1,15-16). A dedicação total a Deus, será a nossa via de santidade para vivermos intensamente o tempo e cuidarmos da nossa querida Mãe-Igreja.
Agradecemos aos leigos e leigas, consagrados e consagradas, ao clero, enfim todo o povo de Deus, pelo empenho e dedicação, sinodalidade e apoio mútuo, nos serviços, ministérios e cuidado pastoral em 2018.
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